16.3.19

Herança poética


Seu Fernando foi Pessoa
E, tal Manuel, Bandeira
Da poesia que inda ecoa
N'alma luso-brasileira

Na Rua dos Cataventos
Um poeta contou cinco Anas
Quatro, porém, em pensamento
De Mário foi a Quint'Ana

Se o tocaio contava gente
Mário de Sá, Carneiro
Pronto para o sacrifício

Poesia que verte se sente!
Só sentimento é verdadeiro
Todo o resto é exercício.

15.3.19

Depressa


Andamos tão depressa
E distraidamente
Que perdemos na conversa
A sutileza presente.

14.3.19

Sem máscara


De idiotas somos um bando
Protagonizando idiotices
Diariamente fracassando
E disfarçando a toupeirice

Erramos mais que acertamos
Mas editamos a realidade
E o instagram nós estragamos
Com falsos filtros de vaidade

Mesmo não dando importância
Você, que me lê, se sabe também
Débil em alguma instância

Mas fingindo estar tudo bem
Acreditamos dominar a rota!
Ora! Quer coisa mais idiota?